sexta-feira, 28 de novembro de 2008

"Lá na França é que é!!!"

Antes de mais deixar um pequeno reparo. Ouve-se muitas vezes dizer (talvez em desespero, digo eu) que o silêncio é uma forma de comunicar. Ora, alguém se sentiu comunicado durante esta minha ausência? Não começem a pensar, eu respondo, claro que não! Continuando o devaneio, prometo que este post não trata da Meia da Raquete, do Ferrero Rocher de Natal, da Matrícula Amarela, do Brioche, da Velo, nem outras instituições que nos inundam no verão, acompanhadas por um sotaque estranho com uma linguagem que é um misto de Alemão com Checoslovaco (ninguém me convence que aquilo são Portugueses a falar Francês, vocês são mas é malucos!). Este post (antigamente chamaria-lhe texto mas é mais "fixe" assim) trata de algo que sempre achei estranho na maneira dos nossos professores nos ensinarem a olhar para o mundo. Andámos nós anos e anos a descobrir que os esquimós têm não sei quantas palavras para descrever o branco, que a malta chinesa tem não sei quantos nomes para o arroz, que os italianos têm não sei quantos nomes para a massa, que os russos têm não sei quantas bonecas que encaixam umas nas outras (ainda estou para perceber qual a piada disso), que os espanhóis têm não sei quantos jogos estúpidos para justificar bubadeiras em tempos recorde, e no fim de tudo apenas me ocorre dizer, grande coisa! Será que se esqueceram que seria muito mais útil ensinar coisas que pudessem ser aplicadas no nosso feudo? Não seria muito mais útil instruir as crianças desde pequenas a decorar as não sei quantas maneiras que o Português tem para beber o café? Ele é curto, pingado, abatanado, cheio, com adoçante, chavena escaldada, chavena fria, galão, meia-de-leite, etc, etc. Não seria muito mais útil ensinar as mil e uma maneiras do Português cozinhar o Bacalhau? Ele é à Brás, à Zé do Pipo, à Lagareiro, à Pastor, à Lenhador, à Polícia, à Técnico Administrativo de grau II, etc, etc. Não seria mais útil ensinar as mil e uma maneiras de contornar tudo o que é obrigações e deveres para com o Estado? Ah, ok, esta já é genética... Não seria mais útil ensinar as mil e uma maneiras de estacionar um carro sem ser em 2ª fila? Ele é em espinha, nos sítios marcados, em parques desenhados para o efeito, etc, etc. Mas não, isto ninguém perde tempo a ensinar, depois admiram-se que ninguém saiba explicar porque raio pede um galão e não uma meia de leite! Como tal, e mostrando o meu sinal de revolta digo:
"Lá na França é que é!!!"

quarta-feira, 12 de novembro de 2008