quinta-feira, 28 de agosto de 2008

"Porto saiu de Belém com dose dupla de pastéis"

Será talvez um dos maiores mistérios da Humanidade, de onde raio vêm os títulos dos jornais desportivos? Quem possui tamanha formação para essa profissão? Onde se tira o curso que permite a estes magníficos cérebros lembrarem-se de coisas que nem lembram...ok, o resto da frase já vocês sabem. É realmente perturbador pensar que existem pessoas com tamanha criatividade. "Grande coisa...", pensam vocês. "Grande coisa!!!", digo eu! Soubesse eu da existência de um e certamente não o largaria com a certeza de que a qualquer momento tornaria espectacular qualquer evento insignificante da vida quotidiana! De qualquer forma, cumprindo um pouco da tradição deste blog, iremos tentar ajudar-vos a ficar mais perto do Olimpo do conhecimento, fazendo uma pequena demo de como funciona um cérebro de um "titulador desportivo". Pensemos então no último clássico e tracemos vários cenários:

"Ontem na Luz foi dia de Reyes"
(Reyes marca golo e resultado fica 1-0)

"Há mar e mar, há vir e marcar"
(Aimar marcava o golo solitário da vitória na sua estreia)

"Porto de Luxo!"
(Porto ganhava com grande exibição de Lucho)

"Benfica saíu lixado do Derby"
(Benfica perde com golos de Lisandro Lopez, também conhecido por Lixa)

"Luz assiste à transformação do gigante Verde"
(Hulk fazia um jogo de encher o olho)

"Em terra de pobre, quem tem Cebola é rei"
(Alusão à hipotética boa exibição de Rodriguez)

"Não foi só pela beleza da valsa que a Luz chorou"
(Dupla referência aos argentinos e a Cebola Rodriguez)

Como se devem ter apercebido, esta é uma ciência que, infelizmente, nem todos podem dominar. Exige uma inteligência acima da média, um conhecimento linguístico profundo e uma imaginação fora dos padrões normais. No fundo e resumindo, exige uma capacidade sobre-humana de fazer omoletes sem quaisquer ovos! De qualquer forma, uma palavra de apreço para todos os jovens leitores que neste momento atiram a toalha ao chão: "Nem toda a gente tem de ser doutor ou engenheiro e muito menos titulador desportivo".

terça-feira, 26 de agosto de 2008

"Quem te avisa..."

Existe um fenómeno inexplicável no nosso País e que mete num saco todos os dramas do Mulder, da Scully, do Spoke, do Tsubasa e até dos Ursinhos Carinhosos. Toda a gente que conheço já pronunciou um dia em conversa a seguinte frase: "O que eu gostava mesmo era de ter um Bar". Mas que raio de ideia... certamente nunca pensaram que a maior parte da diversão está do lado de cá do balcão, ou que pelo menos o nível de "minuins" à borla é maior desse lado, ou que as mulheres jeitosas estão também desse lado, ou que as máquinas de diversão estão desse lado, etc., mas um grande ETC.. Mas como não se cortam as pernas aos amigos ("Oh Povo, seja lá quem sejas, esta tirada foi infeliz!"), acho que pelo menos posso deixar uns conselhos. Sendo assim, além do óbvio que é saberem escrever, existe algo de muito importante que vão ter que pensar quando forem abrir actividades e essas coisas (era só beber não?!). Falo do nome do estabelecimento. Questiono-me sempre se os proprietários terão dedicado mais do que 10 segundos a pensar no nome do mesmo. Questiono-me agora também se não estarei a ser injusto, sendo esse nome sugerido pelo edil camarário, ou pelos senhores dos registos, ou pelos homens dos impostos (ahh, afinal os impostos são os que impõem!). Acho que compro a ideia de que 10 segundos não chegam para chegar à placa no cérebro que diz "Imaginação, próxima à esquerda". De qualquer forma, como bom amigo do meu amigo, fiz alguma pesquisa e cheguei às seguintes conclusões. Não se iludam, nomes como os que se seguem, para o vosso estabelecimento, não são minimamente originais ou seja, não vos permite entrar na tão almejada galeria da malta fixe:

-Central
-Rotunda
-Avenida
-O Caçador
-O vizinho
-O Estudante
-Escadinhas
-Avenida
-Por-do-Sol
-Sitio
-Casa do Benfica
-Salsa Latina
-NetBar
-Qualquer coisa Irish
-(Nomes de Pessoas...)
-(Nome da Cidade onde estiveram Emigrados...)
-(Qualquer trocadilho com a palavra Bar também não é muito inteligente...)

Ou seja, como já perderam mais de 10 segundos a ler a lista talvez não seja má ideia perderem mais 10 a encontrar a placa de que vos falei. Não me perguntem é a mim, eu nem quero abrir um Bar!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Bem me parecia!!!

Lá está, a ciência quase que se pode fazer através de sondagens. Não, dirão os mais cépticos. Uns não sabem e/ou não respondem. Sim, dirão os outros. Os outros... poderia aproveitar isto para falar de "Os Perdidos", mas não, hoje é de culinária tradicional que se trata! Se há algo que sempre me "apoquentou" e que a ciência nunca me respondeu foi a pergunta: "Ó Marques, qual é o prato típico da tua zona?". Fiquei sempre com a impressão que apenas estaria a dar a minha opinião pessoal, muito parcial portanto, não reveladora da real verdade, intrujante e isso "apoquenta-me". Seria o Bife Campeão (ou em modo fino, Bifinhos com champignon)? Seria a Grelhada Mista? Seria o Bitoque com ovo a cavalo? Seria o Arroz à Valenciana? Perguntassem eles a sobremesa e diria eu sem apelo nem agravo :"É o Doce da Casa!". Perguntassem o vinho e diria: "É o Tinto da Casa!". Perguntassem a fruta típica e diria: "É a Fruta da Época!" Mas o prato principal... É com alívio que vejo que a amostra representativa da população carnívora se decidiu unir neste projecto. De agora em diante será um Marques confiante a dizer a frase:

"The tipical dish is the Mystical Grilled!"

(embora possa recomendar também)

"Try also the double touch with an egg riding the horse!"

Obrigado Votantes! Aos outros, que não os dos perdidos, toca a recensearem-se!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

"Quem?!"

Podia voltar da ausência e estampar logo aqui um cliché. Seria começar em beleza!... Pois....adiante. Depois de um período de ausência não forçado mas desejado chegou o momento de dar a cara e ouvir frases tão duras como as que se seguem: "Já não era sem tempo"; "Tava a ver que tinhas perdido o pio"; "Tava a ver que o gato te tinha comido a língua"; "Com que então era só para ir comprar tabaco"; "Esperam-se rajadas vindas de Norte com 60kts"; e "Ainda há pão?". A todos esses apenas recordo que tiveram hipótese para votar numa periodicidade de postagem maior e que escolheram a via mais fácil e mais confortável para o estimado autor. A todos esses estimados amigos e clientes, um bem-hajam.

Mas vamos ao que interessa. Como prometido, mesmo que neste caso não seja de-vidro*, iremos falar sobre o Sr. Anónimo. Desde já muito boa tarde ao próprio. Há quem me tenha dito que não é um mas vários os Anónimos que percorrem os blogs. Mas a mim não me enganam, ele só pode ser um. Admito contudo que deve ter um trabalho desgraçado já que está por todo o lado, isso é inegável. Tenho várias razões para afirmar isto, no entanto, aviso desde já que no final me têm de devolver as mesmas para eu poder ficar com a minha razão*. A minha tese baseia-se num estilo muito próprio, uma assinatura, um conjunto de características únicas que o Anónimo possui e que seria impossível ser comum a outros pseudo-anónimos. Quais são essas características? Pois bem, aqui estão elas. O Anónimo tem sempre uma conversa que nem lembra ao menino de barro das igrejas. O Anónimo escreve sempre como se lhe devessem dinheiro mas ainda em escudos o que ainda chateia mais. O Anónimo tem medo que descubram quem é porque ainda é adolescente e tem vergonha do acne. O Anónimo é danado para a brincadeira mas daquelas de que só ele se ri e provoca uma ira paternal no alvo dos seus comentários. O Anónimo descende dos peixes e participou no filme "O Nimo"*. O Anónimo é um descontente ex-trabalhador do jornal "O Público". Por último, o Anónimo tem acções na Dielmar, já que a sua conversa dá sempre pano para mangas. Et voilá, cá está o seu perfil, agora cabe a cada um juntar dois mais dois e descobrir quem é o personagem. Só dou uma pista, percebe de informática na óptica do utilizador. Saudações.

*Só para descansar as mentes mais inquietas, sim, tenho a perfeita noção de que três piadas rebuscadas dão direito a expulsão. Mas a segunda o bandeirinha não viu. Ehe