Moda Humana ou para o Lar?!

Verão: qual é a primeira coisa que vos vem à cabeça? Ok, a seguir a isso? Não?! Casamentos pah! Tal como nos signos em que existem momentos em que algo se alinha (não sei além disto...), tal como na astrologia há eclipses, tal como nos acidentes dois carros chegam ao mesmo ao mesmo sítio, o casamento é um momento em que inúmeras forças do universo se juntaram para possibilitar aquele dia. E estou a falar do amor de duas pessoas? Não... estou sim a falar do facto de ser verão, do facto de haver bom tempo, do facto dos emigrantes voltarem todos em agosto (com a inevitável meia da raquete) e do facto de num momento qualquer infeliz da história alguém ter achado que agosto era o mês dos casamentos. Bom, mas qual é o drama dos casamentos? O facto de sermos obrigados a ser simpáticos para toda a gente e a fingirmos que nos divertimos à brava? Por quem me tomam? O drama são as indumentárias femininas* com que somos obrigados a brindar os nossos olhos. Sempre me pareceu, desde pequeno claro está, que os casamentos seriam sítios impecáveis para se pensar em novos cortinados. Os padrões são quase os mesmos que se veêm numa loja de cortinados e talvez juntando um ou dois poderíamos passar o resto do verão gozando de uma bela sombra na sala! Por outro lado (e para não ser tendencioso), acho que as empresas de recrutamento estão a perder uma oportunidade de ouro ao não marcarem presença nas festividades. Existe melhor sítio para avaliarem a imagem de possíveis quadros empresariais? Onde se vê tamanho desfile de homens de fato? Tudo bem que a gravata na cabeça ou a colher não é o que se espera de um empresário mas sempre dá para tirar as medidas. Ou seja, os casamentos seriam um belo pretexto para se unir esforços de forma a caminhar na direcção de uma concertação dos mais variados sectores empresariais a nível do que à divisão de capital diz respeito (perceberam alguma coisa?! Não?! Mas os senhores da TV falam assim....)

Muitas felicidades ao casal!


*todas as raparigas que pensarem em insultar-me considerem-se desde já uma excepção

"Os homens não choram pah!"

Quantas vezes não ouvimos nós esta expressão quando éramos uns putos com os joelhos ensanguentados? Ok, para quem não passou por isto, diga-se que é o equivalente à expressão adulta (e unisexo) "deixa lá que isso passa". Pois é meus amigos, os homens não choram mas há um puto que anda a chorar "desde 1919" por tudo o que é casa de tia e avó, de norte a sul e todo o resto da rosa dos ventos do nosso Portugal. É realmente enigmático e provoca-me alguma indignação, para não utilizar a expressão "faz-me espécie", o tratamento dado a este jovem ao longo dos tempos. Mas qual é a razão da indignação? A Renova não patrocinar uma mega limpeza da lágrima a quem tenha um quadro destes? Não, a razão é simples. A National Geographic não descansou enquanto não descobriu por onde andava e quem era a senhora da foto no Afeganistão. Por outro lado, no nosso burgo, já ouviram falar de alguém que se tenha preocupado em saber se este jovem já encontrou algum ombro amigo? Alguma "Maria" ou "Nova Gente" se chegou à frente para patrocinar a caça à lágrima? Eu gostaria muito de ficar a saber que o puto já encontrou uma família e que afinal a razão da lágrima foi apenas porque a tia de França mais uma vez lhe tinha trazido as meias da raquete. Acredito também que as nossas tias e avós suspirariam de alívio por saber que aquela figura é hoje um homem feliz! Sendo assim pergunto-me: "Não seria este um mundo melhor?".

"Que dia é hoje?"

Parabéns aos que tiveram de pensar. É domingo! Pois é, mesmo sendo um tema muito debatido por todos, mesmo sendo algo que toda a gente já pensou, sinto-me compelido a partilhar convosco o pânico que é viver o domingo. O domingo é por natureza um dia estranho, estúpido e extremamente ambivalente. É o dia em que não se faz nada mas apenas porque não nos podemos cansar que no dia seguinte já há trabalho. É o dia em que se passa todo o dia a tentar não pensar no dia seguinte. É o dia em que nada ajuda: as lojas estão fechadas, a malta não sai de casa, a televisão dá os 6 filmes da moda, os programas da moda e ainda as magazines de moda. É realmente estranho que um dia que supostamente seria dedicado ao descanso, passa a ser um dia de martírio. O domingo não é fixe!

P.S. Recorrendo a temas da moda, o domingo é como a selecção, tinha potencial para ser mas ainda está para chegar o dia em que é!

Maldita Praia

Ir à praia é um filme. Lembram-se do jogo F18 Harrier? Não? Ok, também não era esse que interessava, o que queríamos fazer renascer nas vossas memórias é o Lemmings*. Esse sim retracta o que é hoje ir à praia. Um bando que seres humanos munidos dos seus carros, todos ao molho, todos dirigindo-se na mesma direcção, tentando chegar ao que mais próximo de abismo existe nas suas proximidades. Já se lembram do jogo? Agravantes disto tudo, está calor, existe areia que se infiltra, as crianças berram, já não há bolacha americana nem língua da sogra, já não se pode "olhar para o gelado", podemos ser obrigados a comer peixe durante a estadia e ainda existe o risco fatal de verem seres peludos apenas munidos de slip´s (peço desculpa pela imagem). Convencidos? Pois não se convençam, tal como no Lemmings existem estratégias para ultrapassar isto tudo. A praia é fixe!

*Geração pós 90, como vocês não sabem o que são verdadeiros jogos de PC, consultem no Wikipedia

"Turismo em sítios onde se calhar nunca iria se um primo afastado não se casasse lá"

Inverness:



Para aqueles que ainda não abraçaram a magia do falar Inglês, poderiam facilmente pensar que esta terra se chama assim porque aqui nasceu o Inverno. Pois podiam, até porque se for na altura errada apanha um frio desgraçado, mas não é esse o caso. Inverness significa sim "Boca do rio Ness". Ora está-se mesmo a ver onde isto vai parar. Mas deixemos isso de parte agora. Para já, esta malta é complicada para caraças, não se decidem entre ter 40.949 hab ou 66.576 hab dizendo que isso depende do que se considera ser Inverness (pergunto-me então como chegam a um nº tão pouco redondo). Se ainda tiver o azar de encontrar uma das 3555 pessoas que falam o Gaelico Escocês, mais vale ter um bloco à mão para que lhe façam os desenhos. Só é cidade desde 2001, devido às confusões que parecem criar, mas contudo é uma cidade com uma qualidade de vida incrível, bastante organizada e funcional. Mas o que vos pode levar a um sítio destes além do casamento do primo? Ora então vamos lá convencer-vos. É uma região de destilarias de Whysky, podendo visitar as mesmas, ficar a saber como se faz o malte e inclusivamente fazer provas. Lembram-se dos Imortais, os Highlanders? Pois é, esses jovens cortavam as cabeças uns aos outros por estas paragens. Quem também andava por aqui, mas de cara pintada e a mostrar o traseiro eram os senhores do Braveheart. Acima disto tudo, há sempre o Nessie, vulgo monstro do Loch Ness, que habita no lago com o mesmo nome, o segundo maior da Escócia, de paisagem bastante agradável. Afinal este primo é fixe ou não é?


Próximo casamento: Cinqueterre, Itália

Sem Assunto

Será possível escrever-se um post sobre nada? Muitos poderão perguntar onde está a originalidade, habituados que estão a ler notícias que por vezes pode-se mesmo dizer que são sobre nada*. Lá está, esses são sobre nada mas tinham um assunto, não é este o caso. Fazemos então assim um post inteirinho tentando ludibriar o leitor, mantendo-o atento à escrita, usando por vezes truques que o baralhem de modo a fazê-lo querer continuar a ler só para ver até onde é que a estupidez pode ir. Mas não se trata aqui de estupidez, é puro exercício de escrita, sem qualquer pretensão literária. É original? Claro que é! Nunca tinha visto tal coisa! Parece que já estou a ouvir os clássicos a dizer "Este miúdo tem bichos carpinteiros nas mãos". A esses eu digo, antes perder o tempo a ler isto do que ser obrigado a ver "As pistas da Blue". E esta? Vai buscar!

*p.e. "Simão usa luvas para treinar"

“Mete aí na TVSport que está a dar o Euro”

Não, não vamos comentar qualquer resultado ou jogo. Além de vocês terem mãozinhas para se informarem disso, se eu caísse nesse erro estaria a incorrer num dos pontos cliché do bloguista e certamente que haveria comentários tipo, “Olha olha, a mandar pedras para o seu telhado de vidro”. Como tal recolham os dedos ferozes preparados para o escárnio e mal-dizer, encostem-se à cadeira e desfrutem da leitura. O Euro é uma época de puro prazer pelas mais variadas razões, às quais temos de juntar o facto do Benfica poder comprar 37 jogadores nos próximos dias e o Marco Chagas estar aí ao virar da esquina com a sua Volta. Mas quais são essas "mais variadas razões"? Nunca como no Euro estamos tão descansados em relação à programação televisiva. Haverá melhor coisa do que ter a certeza que estará a dar bola na TV qualquer que seja a hora do dia? Até parece que sabendo isto a nossa cabeça fica mais livre para pensar noutras coisas. Como se isto não bastasse o Euro é também uma altura de paz entre os casais. Como só dá bola, não há espaço para discussões acerca de que auxiliar de acefalia e monotonia relacional se pretende seguir na TV. Juntemos também o facto do Euro também ser bom para a auto-estima. Podemos sempre aproveitar para gozar com os nossos amigos estrangeiros, mas tendo o cuidado de saber sair de cena no momento exacto para não estragar este investimento. Quem poderia também lucrar com o Euro seriam os governos e ladrões (isto bem que poderia ser mais um pleonasmo), com toda a gente distraída, era uma altura espectacular para golpes. Mas esta malta parece que também gosta do Euro. Enfim, só nos resta pôr mais uma febra na brasa e aproveitar estes dias de Euro.

(Eu sei que o truque da miúda gira para cativar o povo a ler já é velho mas como está a ler isto parece que resultou)

Estrangeiro 1.0 – Manual de Utilizador

Agora que chega o verão, chegam também os conselhos. Ele é para não irmos para o sol nas horas de calor (é verão, não sei se esse pessoal percebe), para não nadarmos para longe, ele é para se ser responsável na condução, para se beber muitos líquidos, etc.. Ou seja, o verão é uma altura de terror e como tal tinha de haver alguém que fizesse de Godzilla. Ora, mesmo a calhar, quem mais se não o estrangeiro para desempenhar esse papel? O estrangeiro é realmente um ser estranho e que merece cuidados especiais. "Mas, ò Marques, como podemos lidar com tamanho problema?". É uma pergunta que me colocam não poucas vezes e à qual eu tenho conseguido responder da melhor forma. Mas nem todos os nossos camaradas têm acesso a tão preciosa informação e como tal seria bom que esta fosse editada. Ok, não são uma febre das aves que voam, mas já se merecia um panfletozinho à porta do aeroporto para alertar os nossos cidadãos de alguns cuidados especiais a ter com estas criaturas. Sendo eu um cidadão de respeito decido então expôr desde já alguns pontos que poderiam ser usados no futuro panfleto. Parece que já estou a ver a imagem da capa, nem por acaso, está mesmo aqui ao lado! Mas passemos a ver alguns desses preciosos conselhos:

1- O estrangeiro é surdo e por isso eles só nos percebem se falarmos a gritar para eles
2- O estrangeiro é surdo mas não é cego e como tal podemos usar a gesticulação (se não conseguir fazer-se perceber na volta ele é mesmo cego)
3- O estrangeiro está sempre perdido e como tal é nossa obrigação dar-lhes indicações (não esquecer ponto 1 e 2)
4- O estrangeiro tem o cérebro de uma criança e como tal temos de lhe dar mais conselhos do que daríamos aos nossos filhos
5- O estrangeiro gosta só de sardinha e bacalhau e como tal é só isto que pomos no menú turístico

6- O estrangeiro tem muito dinheiro mas invocando o ponto 4, é preciso que nós lhe "guardemos" o máximo que conseguirmos

7- O estrangeiro só existe no verão

Nota: Os nossos tios e primos da matrícula francesa estão isentos desta classificação.

"Eu gostava era de ver este menino pôr um post...”

7 vezes por semana- 14%

5 vezes por semana- 14%

3 vezes por semana- 14%

quando lhe apetece- 57%

Desde já o muito obrigado a todos os que votaram, é sinal que a única coisa útil que tinham para fazer naqueles minutos era oferecer a vossa atenção a uma alma distorcida. "Deviam ter vergonha", ouve-se de longe. Mas não liguem, provavelmente é uma das personagens dos vossos delírios auditivos que se está a aproveitar a situação. Fico contente com o resultado, seria muito penalizante, para não dizer chato e estúpido, se tivesse de me comprometer a escrever um post x vezes por semana. E então se esse x tivesse de ser ímpar pior seria. Ganhou a opinião mais sensata, o homem precisa de estar à vontade e não ter pressão para nos continuar a brindar com escritos que nem lembram ao menino jesus. Ou seja, a frase que certamente se ouve é:

"Deixem escrever o Marques"